Horizontes nº 2 – Editorial

Há tempos não havia uma “separação” tão grande entre gerações como atualmente. “Boomers” e “Zs” distanciam-se  não apenas pela idade, mas por quase tudo. Uns são anteriores à era digital, outros são os nativos digitais. Máquinas de escrever versus smarphones. No meio, os Xs e os Millennials, que, em boa parte, se veem obrigados a lidar com os filhos Zs e com os pais bommers. Não bastasse tudo isso, já nasceram  os Alfas.

O problema é tão grande, que a Organização Mundial da Saúde, em seu “Relatório Mundial Sobre Idadismo”, preconiza, como uma das três recomendações para o combate ao  idadismo, as chamadas “Intervenções de Contato Intergeracional”.

Diz a OMS que “Tal contato pode reduzir o preconceito entre grupos e os estereótipos. As intervenções de contato intergeracional estão entre as mais eficazes para reduzir o preconceito contra as pessoas idosas, e também se mostram promissoras na redução do preconceito contra os jovens”.

Esta edição vai procurar algumas respostas para a pergunta da capa: “como reaproximar as gerações?”.

Uma das grandes dificuldades nesse caminho é um por vezes silencioso medo: o medo de envelhecer ou o medo de tudo o que diga respeito à velhice.

Esse medo tem nome: gerontofobia.

Vamos analisar mais a fundo como esse medo influencia nosso comportamento em relação às pessoas idosas. E como esse medo já nasce desde quando somos jovens, crianças ainda.

E o entrevistado da edição é Adeli Sell, professor, escritor e vereador de Porto Alegre intimamente ligado à causa do idadismo.

Na seção de livros, um clássico: “A Velhice”, de Simone de Beauvoir. E, ainda, uma resenha de um filme muito lindo: A História de Adaline”, sobre uma mulher que não envelhece.

Grace Gomes nos brinda com uma instigante definição: somos envelhescentes? O que significa o termo e porque deveríamos passar a utilizá-lo para nos referirmos a essa etapa da vida?

Regina Freitas, em sua coluna “Tempo Natural” escreve sobre .a arte ser a ponte que nos conecta.

Elenara Stein Leitão nos fala sobre a relação com as “inteligências“ artificiais e, inaugurando a nova coluna “Espaço ARTE”,  um poema sobre “O tempo”.

Boa Leitura!

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